Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

NÃO ENTENDO AS MULHERES (GOSTO CÍTRICO)
São sempre as brumas; este universo me atrapalha
Amolgando minhas costas; hora balde, hora suspiro
Não entendo as mulheres, frias como caldeiras, arredias
Um laço forte e um passo em direção ao nada, corpo debaixo da escada.

Meu ‘eu’ devora, tranquilamente, um átimo doce
Medo de lhe ter e de ousar a dor
Leso por ter de influenciar este amor
Que tinha pétalas, que abluía os fantasmas, como escrito em dia cálido.

Eis, que a síncope do ardor range nas falésias
- todas douradas; nas mesas, velas [todas apagadas]
Continuo distante e mais alma me entra e me alveja
Com o sorriso esdrúxulo pelas lentes de contato – se puder, eu mato.

Mas, qual o quê?
Sou como pedra no mar, inconstante e viril
Que de tanto um inglês observar, rasgou-se ao meio
Infinito seio a me cobrir de alcunhas
Nesta serei teu fã, mulher da vida
Por esta, terei um imã a me cobrir de turras...

Só para não dar a alma a sorver
(E esta flor não seca; e este amor não cessa).
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/05/2008
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras