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A TI, RELES EXISTÊNCIA
Dou-te a pluma, interstício visceral
Em troca do nada, cruel e abissal Mas rogo clemência a me apertar inebriante ausência. Não fui gerido a parir escolas Tampouco a flutuar no claro A não ser pela essência, a não ser pela essência. Ao invés do convés, o casco Mais lastro a me abster da dor mais indolor Impoluto e, de luto, sigo Em marcha à ré dos meus réus anos sem apreço. Sou águas, demasiadamente sufocadas Neste que é o dia da fé O indecoroso e sem mel, crudelíssimo céu! Há de me evoluir por celestes e réprobos incestos Cantos de sereias e o budião à caça da gira Sem velas, braquiárias encontrar-se-ão. Haverá espíritos inexistentes por céticas causas Uma andorinha de saia; toda nua, toda minha Sorvendo Ediwiges, rangendo em portas sem aldravas. Ouvirei por vozes alheias, ininterruptos algozes A onomatopéia do verso e o ente menos querido Entre a raça humana e o caldo exsudado, há muito. Muitíssimo mais do que o perquirido Lentíssimo cais a averiguar tal manifesto Na lajota, hei-me intenso e convoluto. Se não me compreendes hoje (no dia mal passado)... Quem dirá em ternos de linho asseado - cio de minha morte! [a sentir ânsia na riba do esculacho]. Ah, reles existência!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/11/2008
Alterado em 22/11/2008 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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