Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

EU SINTO MUITO!
Poeticamente, um alento: lamento!
O fim cacarejando e lambendo os nós
Deixados pelos restos de escada que inda restam em mim.

Não sou mais assim
Desse jeito impoluto; estou de luto
Movo veias do passado a me singrar com desleixo.

Pode ser que eu nem mesmo aguente
Mas, são tão relíquias essas tais autenticidades
Que me roubam da cama a me levar ao banheiro.

Rogo aos mares por uma alíquota de imensidão
A abrandar pranto meu e a me desferir leso amor
Aquele real fulgor que me foi abatido pelos meses reveses.

Santa rosa efêmera quase suspensa da solidão!
Olhai ao léu, próximo ao horizonte: lá estarei eu
De pés no chão, um pé de rotas meias e um o olhar ensangüentado.

De tanto esperar, mover-se-á o moinho
Por tanto chorar, aquela fogueira apagar-se-á
Será que tantas lamúrias figurarão em meu picuá tão descosturado?
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 06/05/2009
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