Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

MEDO
Sendo assim, brindemos!
- as corujas rindo à frente do espelho -
Só a macacada escutou o obcônico e o seu dobrar.

Mais sede, mais saúde, mais mar
E um vezo incólume por tentar
Desligar a chave geral e amar.

Ao alarde indócil do tempo, versejar
Às dunas, às corizas e às mazelas ao vento
- casto poder inconstante e inanimado –
Ser!
Respirar profundamente!
Sugar tudo:
O resto, o elefante e o semblante mudo.

Só o mais rotundo símio se pôs a falar
- proferia vagarosa e estonteantemente –
Enquanto meus olhos custaram favas a acreditar
Que aquele rugido amainado pela febre era pejo...

Ao quebrar a esquina, os tentáculos amadureceram.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 25/05/2009
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