Ô desgraça insossa o chuchu
Pálida cor, esbranquiçado verde
Indefinida textura
Nem lá, nem cá.

Um mamão dissimulado
Gosto neutro, sem semente
Nem tempero, nem com caldo
Sai da boca e não se sente.

Quem foi o inventor do chuchu?
Algum nômade desocupado
Que vagava pela rua
Achou bonita a sua rama
E a plantou sobre o telhado.

Sórdida vegetação
Erva rude, parasitária
Fruto feio e desabrido
Traço na composição
Nu estado da água.

Vejam só que ousadia
É o irmão da melancia
Pode ser até parente
Faz culposo um inocente.

Convide gente para o almoço
Se tiver chuchu no prato
Compreenda de bom grado
Suficiente uma vez
Não haverá mais convidado.

Monte ONG, levante a bandeira
Se tiver chuchu na feira
Derrube o pau que à banca sustenta
E haverá sorrisos a assistir
As pelotas rolarem a ladeira.

Colabore, faça parte
Vamos extinguir do mapa o chuchuzinho
Impróprio é o nome
Causa tosca rima e fome
Aos que cruzam seu caminho.