Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

QUAL O SEU MEDO?
Tal o mel que exsuda da boca parda
O ósculo verde impregnado com catarro
Arde, tórrido, o doce amargo fel da glote.

Tal a íngua que nos conduz à vida enferma
E seus duendes incolores por alforjes rompidos
O limo a entornar da face dorida, putrefaz-se.

Cal é soda na imbecilidade de outrem
Ou gerúndio fermentando a saliva parva
É vurmo ácido a rejeitar o fleimão... é negativismo.

Mal a corja se desfaz na prásina dorna
E o tinto raspa a panela da vida
Qual seu medo, por cujo vezo pia, geme e assovia?
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/09/2009
Alterado em 30/10/2009
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