Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

ENTREGUE-SE AO VEZO DE AMAR
Através da solicitude embrenhada
Lírica e desmesurada paixão
Ouve os conveses lodosos e os usurpa.

Maldita força!
Rompe a placenta ignota
Janta-a ferozmente – mulheres de prata.

Por vezes, o mar se abriu
Por meses, esse tal de Abril
A bisbilhotar, a lançar sorrisos.

Indóceis e ágeis atos pélvicos
Sangrenta e peristáltica glote
Em torno de si, no broto plangente.

Sempre salvo pelo amor
A fidalguia pleonástica e absoluta
Intencionando arquitetar aos cantos
A casa verde que jamais florescerá.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/10/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras