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A Sonhar
Penugem emerge do vazio
Zumbidos, intelectos vencidos Pára! Lá se foi o primo verso O horizonte, a parede, o juncado teto. Expansão em polvorosa, rifle seco no estopim Armadilha, camuflagem, o que querem de mim? Asseio sem sabão, semicúpio na inversão E toda a ilusão, desmedida e desgarrada. Trabalho de pensão à cuia do oásis Eram fáceis os meios termos e as garantias Os flancos roxos e soltos a orbitar E não hão de envenenar! À hora, o mosto consistente e purpúreo Resíduos tóxicos relampejam, a se desejar Pura sinergia, água ruma da bacia O encravado pêlo se desespera, exaspera-se. Leitoso vapor, Maria de todas as fumaças Sorve orgulho em retomada, finda na vereda São noites como essa, cega e lisa Que ao meio nos rasgam, por defeito.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 05/07/2006
Alterado em 14/10/2006 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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