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Grito de Verão
Que venha a alma loura
Rasgar-me o semblante Pois todo implante É no coração que coça. Que traga a broa dos encantos alvejados com coco Meus lamentos em dias de chuva, intensificam-se E hão nas ceias, os pinotes especuladores. Donde grita o camelo de sedento cimo, ruge o vento Trouxe-me a pouco, a água fresca da loquaz vereda O capuz de bocal me atinou, sozinho: Ode àquela tarde do bote, da caravela! (ei-la) Ascende, é dela De cravo, sem lapela. Vão esfumaçados Esmiuçados grãos, são resquícios filtrados De gasolina e murta, a tela acusa a paz E hão mais: Os subterfúgios dos verbos e alamedas Incitar-nos-ão; É verão!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/07/2006
Alterado em 15/09/2006 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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