Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

POR QUÊ?
Assim que o vento cessou
Assim, o vento minguou
[era pouca primavera para velar a só]
E levou o que não havia trazido
Nem de longe, nem por suspiro
Da adolescência, brotou a alva flor
E veio a temperança
Dessa dor com esporão e tentáculos
Que roça, que traga nossa alma
Açoita e sequer nos olha.

Às vezes penso na idade
Noutras, a ingenuidade rompe com a fúria do ser
É o átimo do pretérito
Rasgando as pétalas, sombreando os corpos
E dizendo adeus mais dorido que universo em chamas
É! O mundo vai se extinguir
Mas que seja logo, que seja já
Contudo, dê dias para o ”se” transformar-se em “oh!”
Para não chorarmos como choro
Para não dizer: por quê?
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 05/03/2010
Alterado em 05/03/2010
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