Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

Poema do Desconsolo
Sei das metades as quais pasmam
Verdades rasgadas de pão e de lenço
Sei de tudo, tenho ovelhas que vazam
Repleto de conversas meadas, penso.

Maus tratos à escrita velha e normativa
Inventiva forma de escravidão
E ainda regida, a esperança invertida
Mudo no campo ao manto florão.

Apocalípticos pavões escutam-me, sentados
Podres ametais de eras neolíticas
À displicência de marasmos em ferros delgados
Assumidas posturas, proporções míticas.

Roxos e lesos castigos comemoram com gim
A morte de alguns na bacia do indulto
Permeiam echarpes de folhas senescentes assim
Lamenta-se na falésia da vida, fugidiço no vulto.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 04/09/2006
Alterado em 04/09/2006
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras