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Soneto De Uma Triste Herança
Para que os temos, murais da história?
E se gozamos, quem aguardaremos? Quais merecerão divina e douta inglória? Os meus, os seus ou aqueles mesmos? Clame aos ventos com dedos em riste A íngreme curva que da boca pende Fará do milho, angu; um isto já viste! Não haverá pássaros, só duende. Teus filhos o chamarão de rebento Haja vista o chorume desperdiçado Fados a ornamentar velório, lamento. Que lhe digam as Dálias Os retratos em preto e branco E as peugadas das sandálias.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 12/09/2006
Alterado em 13/09/2006 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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