Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

O TOM DA DOR
Bastava-me o tom
E apoquentava o vurmo.

Lilás era a dor
Donde singravam naus e lágrimas.

Entre o nigérrimo e o assomo
Mudo, esquipático, nada usual.

Embaixo da escada, uma nau naufragou
E trouxe compadres; olvida até hoje.

Quisera tocar lapela coxa, tal lírio
Fitava aquele velório risonho – cheio de corpos.

Não via tais almas, nem suas essências
Não ouvia nem o Tom.

E as luzes, acidentadas e perenes
Brindavam com cálices escuros, límpidos e ressequidos de sangue.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 06/09/2010
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