Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

ONDE ESTÁ?
Onde buscarei
Fresta a me livrar do parvo?
Réstia a me ninar no aplauso
Não ouço nada, nem quero.

Onde tolherei o que perquiro?
Nessa, eu viro
A mania rouca e lenta de ser eu
Não ouso nada, nem quero.

Serei ateu do destino
Quem sabe, santo!
Ensina-me a ilicitude
Eu lhe darei o verso, cruzinho.

Não me valem rasuras
Não sei onde tudo está
Desânimo, contrapé e o resto
Funesto, funesto.

Onde estão as rosas que morreram ontem à noite?
Nutro as ingênuas; abrir-me-ão
Serão delgadas, verão sereno, ser-me-ão
No acaso, na orgia, no esgoto.

Sei sim, sei pouco
Nada rei, outrora servo
A amplidão, o castigo, a solidão
Sem o mar a me embalar; sem o mar.

Onde está o meu mar?
Não há reflexo, nem quero
Sopro brisas cansadas e grises
Onde está, onde está?
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/02/2011
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