Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

Bubão Vilão no Caixão
Verdeja nobre e vil espinho prata!
Verseja mais a luz que o destrata
Respeita assaz o limbo na mofatra
Carbúnculo a supurar pela gravata.

Cavouque louco espírito perverso!
Lance chamas ao teu sexto verso
Canse nas lamas que o pé afunda
Aja de fora do todo, ignóbil bunda.

Inverta sórdido e digno tumor!
Meta pelo íleo, o vurmo morto
Cale a boca com manto torto
Clame às narinas por teu fedor.

Terá, aliás, o sábado inteiro
A dilacerar tua falida imagem
A tripudiar sobre o jazigo... Pasmem!
Inda, as lorotas de praxe do coveiro.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/10/2006
Alterado em 05/03/2008
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