Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

NEM O ESTÚPIDO FEL DA INOCÊNCIA
Em detrimento da paz
Corre ácido vurmo a entorpecer o fleimão
Já desgastado, estuporado.

Ora, sangre!
Maledicências indóceis se vão
Meu fígado apitou à tona da vida.

Sem a altivez dantes
Sem a demasia açucarada da essência
Sem o pejo, nem o véu, nem a escada.

Ora, mate-me!
Os séculos urgem ao bater da ladrava
Inda se falam no sabor dos livros
Inda se metem pelos carcinomas das guelras.

Porquanto, que paz?
Outrora, terão
Sem a medida desgarrada e senhora
Nem o estúpido fel da inocência.

Entre o lume apagado e mascavo
Ou a pele que, pegajosa, lambe e goza
Ah, indelicadeza!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/08/2011
Alterado em 25/08/2011
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