Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

QUANDO AS ALMAS SE COMPLETAM
Tais teores reticentes
Olores de barro que sentem
Rejeitam a calçada e se armam em medos
Deixando os perigalhos repletos, tempo se acomoda.

Urge com a vida, a raspa doce e eterna do amor
Que era paixão, a virar um 'não', e tudo titulou
Virou bandeira, o riso à nossa maneira
Incólume e natural de ser.

Somos tenros nesse hospício de sentimento
A estarrecer os incrédulos... escarneçam!
Esporulem até a morte os varrer do mundo
E seremos espectadores... Bem me querem as flores.

Caças e lêmures a marulhar à noite
Em meio à desacompanhada sinfonia
- de rotas notas a se esmerilhar em bemóis -
E a essência sangra toda, eviscerada.

Clama-nos a eloquência abissal do silêncio
Que, em sendo lira, move-nos a acreditar em caminhos ledos
Onde os tons, o gozo e as almas se completam.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/10/2013
Alterado em 08/10/2013
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