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ÚLTIMAS INTENÇÕES
Momentos...
Hão nos ventos a me ludibriar São largos e magros de tão raros que são. Momentos e ternuras A me deturparem por inteiro Na imensidão do relógio do peito Que anda amolgado, amontoando-se entre os ponteiros. Da leda e breve vida prófuga e dum sentimento alinhado... Não saio de casa sem recolher a essência - a exsudar! No ambiente marinho, no leito da alma. Sou reles abelha a compor o mel dos sustenidos A me encantar, a evitar a rejeição A fitar a atracação em imenso porto Ora, quase morto! À guarda do apocalipse singelo Com terebentinas e acácias a me darem um vinte e dois Meus reis magos, meus intervalos Sou perene neste ato leviano e insano da existência Venho tenro, calibrado e cheio de últimas intenções.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/01/2014
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