Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

SOB O LODO FIRME E OBSCURO DO AMOR
Sentado em frente à lareira da solidão
Questiona velho e parvo fleimão
As notas que me saem do peito
A pleitear bobices, a alardear assaz.

Escolhas são focos na areia branca
À noite, na penumbra, no ócio do lençol amigo
Desvirginando mesmices, com a leitosa e infame impressão
Os dias não navegam sós
Arfam na dor trinada e preciosa do ardor.

Ora, noites! Ora, raspas que me açoitam!
Vestem-se de negros véus de prata
Engalanam-se com a inveja mórbida e prestimosa
Na azáfama do poeta, na margem contra oposta.

Sentimento roxo  
Parece não cismar com nada, nem com a vida
Nem com a estrada - magia a se fazer de reles
Aos montes, às pencas de desejos a fluir
Sob o lodo firme e obscuro do amor.

www.fortunaliteraria.net
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 25/02/2014
Alterado em 25/02/2014
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