Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

POBRES BIROTES ESCARLATES!
À fronte do precipício
Ides mares.

Pudor em mente nua e descrente
Despejada de ruga, imbricada.

Ao bravo sol da alma veranil
Tanto frio em tão reles cio!
Faz-se prolífica a bonomia - aleijada e lenta
Brota régia em sua caixinha (com hálito de fósforo)
Há um estreito, há um nojo.

Um só cuidado e...
Injeta-se a virilíssima energia
Rubra como a alva tez que o desejo perquire
Pungência tatuada em pejo
A fidalguia duma andorinha nômade.

Ao secretar
Rompe ao estalido da escura
(parte fio ocre e se interna)
Morros geminados à procura minha.

E, então...
Jaz.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 18/03/2014
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