Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

EPOPÉIA
Torrentes
Tais pensamentos flutuam
Deleitam-se na serrapilheira
- ignóbil e quântica.

De gosto olvidado
Padrão servil
Ao pé de perder o gesto escrupuloso.

Na vida, há o mais e há o mais gostoso
Miséria em quantia
- um dia lhe digo.

Todas murchas, sépalas despedaçadas
Ébrias de vil lampejo, a exsudar.

Ò dias de enlevo e adesão espiritual!
Tu calas na sexta, eu me ajeito na fenda
- obscura tenda.

A julgar pelo amor despido e íntegro
Movo quelíceras a saborear a prole
Toda lisinha, intrauterinos
Numa manhã pardacenta de luz.

Jocosos são os versos queimados em riste
Na aurora cordial
No interstício roto e coloidal da alma.

Há o transporte em massa
Que passa, arrasta sentimentos
E se desgasta na entrada do túnel.

Poder-se-ia ver a vila
Vilania neste amargor descalço, imbricado e insano.

Quais arpejos compõem a história?  
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/05/2014
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