Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

Ambíguos Amores
Intenso
Escolho o regato no alto trovejar
Vacilo e assino, assassino a dor
Cavo no lume a sepultura do pascigo... perquiro
Envolto em velame prateado, prefiro crisálida
Mágoa açoitada e nada... tudo a dizer.

Extremo
À riba louca por conta de ti
Aspiro o mar com o canudo do vento
Estouro sem movimento
Aspiro-te
Deitado na ênclise ditatorial do verso
Acho-me submerso.

Volúvel
Sem prótese, arcabouço rasgado
Entrada impedida por tudo... nada a sorver
Gerânio à espreita, remonta
O cáustico vão enclausurado das horas
Contudo, espeta página insana
Alvéolos nos bastidores
Por tanto que intera, grito em silêncio
Ambíguos amores.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 20/05/2007
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