Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

RETALHOS DA ALMA
Beatitude!
Relativamente o céu
Em detrimento do incólume amar.

Doze horas são muito!
- intenso e loquaz marulho -
Tens o dia, tens os molares da pleiteada fêmea
- ao pé da jaqueira, à sombra do esquife -
Sepultara inda há pouco
Correra assaz e se olvidara da essência.

Não pode!
Ao andar com a tampa aberta
Deve-se vigília ao escrúpulo
Para que as anáguas girem esperançosamente
Para que botelhas enegrecidas se lancem em profusão
Ao véu do perdão, ao hemisférico estro.

Nada se ouve, nada se exprime, nada se espreme entre os retalhos de alma espalhados no colchão.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/05/2015
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