Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

MOÇA DOS MEUS VERSOS
Recorro-te neste dia de Inverno
Com codinome de Alberto
Sem saber ler nem intencionando ser lido.

Percorro o teu límpido pensar
Mais estável que a amoreira no quintal
Meu limbo, que me é jantar, ouso recusar.

Para mim, neste dia, importam as linhas gordas
Os gestos invisíveis, a cor vermelha que cintila
Teu brilho a me atenuar tais dores.

Falseio diante dos holofotes
Como pétalas de gerânio a purificar a alma
Quanta alma!

Inverto todo o penar de chorume e velas
Nas alamedas, busco lendas
Ao rés dos dias, ao pé do dia.

Nossa! Tenho-a em resistente antígeno, moça
Meu verificar me alerta contra falsos suspiros
Descolam-me as retinas saudosas e se emaranham.

No vigor do dia
Na amplitude que escoa próximo de abluir o vício
Não perto da escola que escuto, eu por perto.

Cada vez mais instinto me lambe
Cada seis mais sete ao meu lado
Cada cume mais eu a me sentir: Alberto.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/06/2007
Alterado em 17/11/2008
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