Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

O QUE ME COBRE SÃO BESTEIRAS
Quando me abater a alcunha
Soldando em minh’alma o “rip”
Soltarei berros de escumadeira
Restos de atiradeira
Rumos de escultura.

Estarei em ninhos de passarinho
Meio terno, meio mesquinho
A me retomar de mansinho
Hora vaga, vaza pouco
Nas ondas, no oco.

Assim, sorverei o sorvete de prata
A mala da alma em prol da lua
Que sua, que soa, que rima
E nos hinos, rua
Moleque faceiro, cosendo o mundo inteiro.

Nas margens do silo
Todos os nós me comem por ligeiro
Nas dádivas do manancial
Em cânceres e tal
Legado da vida
Inchaço do mal.

Sou primo em estar no sal
Só rimo sem lesar a nau
Não cismo por afeto legal
Gosto...
Gozo...
Sofro por tudo que é cal.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/06/2007
Alterado em 23/04/2008
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