Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

QUANDO VIDA E AMOR SE (CON)FUNDEM
Nesta manhã de sexta
Ergo, lavro e proporciono
Inúmeros brindes à vida...
À vida ampla, profunda, irrequieta, soberana e intensa
Àquela inteira de sentimentos catastróficos, sal e brasa
Muito mar e pouca terra.

Nas cotas da ilusão
Sangra, abrange, rema e circunspecta o atobá altaneiro
Embebedando-se de altos voos, internacionais
Donde as losnas florescem e alimentam a alma
Ora, dunas; ora, sois!
Meu correr é tão discreto, tal a chacoalhada do bisão das neves.

Não tenho pregas, nem adriças
Detenho as lições mais generosas para abraçar assazes e inóspitas profundidades
Não tenho lima, tenho fleimões
Que me aquecem, me enjeitam e me adivinham os caminhos.

Se me entornas, ó vida bela!
Apareço enviesado, por trás das cortinas
Ao observar tal nobreza, ao ingerir nau e sonhos capitânios
Pois da vida, leitor...
Não se leva nada, mas se vive tudo
Não se prega nada, mas se desprende da alma ressequida, o corpo leve.

A vida é magnânimo oceano a ser sugado com canudos de plástico
Contudo, haja lira
No seu bocejar de relíquias, no seu bem estar renovado
No mais recôndito posto de felicidade que se possa chegar
Na beatitude da variegada rosa, no labelo encarnado
Na autarquia do amor supremo!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/10/2015
Alterado em 02/10/2015
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