Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

PROSA DE AZULEJO
A rusga...
Inválida
A nódoa.

O arpejo a sonhar
Delirando versos raspados de glória
No holocausto da dor
No pecado tórrido e sufragâneo do amor.

A lima...
Inóspita
O serrote.

O azevém a esporular
Enternece serena e ríspida alma
Na sarjeta molhada
Na vereda mais límpida do ardor.

O vórtice...
Insosso
A hierarquia.

Os mais floridos alecrins do campo
As mais apoéticas sobras de pejo
O relinchar do sabor
Ao pé da saia, rota e esbranquiçada
Prásina de rancor.

Ah, se me entendesse a prosa!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 06/06/2016
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras