Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

DA BOCA NOSSA
Contando os passos de azevém
À lida, com as costas na mesa
Meio leso, meio estranho - vem
Toma a passagem, sem destreza.

À amargura que o fora invadido
Firmando os pés no belo coqueiro
Lágrimas de pó entre alto alarido
Sempre entediado, ente certeiro.

Mais margem a corromper o medo
Mais cinzas na boca morta e suja
Inverossímil fonte com luar azedo.

Sequidão, ossos e miolos sentindo
Os vãos – epopéia, todos meandros
Alimentando-se de razão, e saindo.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 12/11/2007
Alterado em 24/04/2008
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