Fortuna Literária - Cesar Poletto

Poetizar é exteriorizar, é exaltar o belo, e, acima de tudo, embriagar-se com a vida.

Textos

HÁ LIQUIDEZ NO AFETO?
Eu sei...
Rejeito o ódio
O apequenamento e as estátuas de bronze.

Receio até do medo alheio!
Rio, sorrio, sou deveras Rio de Janeiro
Arfando, aturdido, eternamente ardendo sobre mazelas nossas.

E zombando!
Nos passeios, nas encostas
Às suecas maneiras de sorver a essência.

Peristaltismo
Hemacia a emoldurar cenário prásino
Esquistossomose
A lêndia a roer a dupla carteira
Minha ridícula espalmada afeição
Rezo ao fleimão:

Que esporula, lança puz, sangra e rebrota na serrapilheira.

E o nei-nei segue em canto agudo, mudo e circuncêntrico.

É a ferida do mundo moderno.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/12/2022
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