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PARA ESSE NATAL
Tão presente!
Ouso chorar casca de noz A sentir o limo a interar. Por vezes, acho-me oculto Nas falanges que se opõem à vida Meio sem erro à medida. Nódulos de areia invadem-me, intrínsecos Sempre paradoxais e ambíguos Bate-me o vento e não move. Há tempos que corro descalço Com nau a arfar, com sal sem jantar Mas, rolhas de cal almejam tapar. Minha sorte é estar descampado Onde a saudade se esvai com a aragem E onde o vendaval leva-me a areia. Vamos à ceia!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/12/2007
Alterado em 24/04/2008 Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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