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NOITE DE LUA GORDA
Longe de mim
Até onde galhofa alma minha Em tantos conveses dum pecado tal Outrora, ia com enxada Sem alarmes ou iscas Não possuía e precisava - sonho de mancebo – No secretar noturno dos apalaches Como maçons fazem perto da escada Como névoas de sangue, boca abaixo. Na onomatopéia clássica, mato Por tênue brecha, amores do porvir Que os louros não hão nem dão, mas o lêmure acusa Fina cereja estampada na gola gris Em tudo está; segue o beijo leso e quente Como a vida encoleirada à portinhola Neve em meu canto, contos sufragâneos Centrifugando, lapidando, adocicando, amando. Noite de lua gorda Mareia, mareia!
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 18/02/2008
Alterado em 24/04/2008 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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